Os primeiros meses de 2021 não foram animadores para o mercado automotivo. Porém, o setor conseguiu fechar o primeiro semestre deste ano com aumento de 57,5% no número de automóveis que deixaram a linha de montagem no Brasil — comparando com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a Anfavea — Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores —, foram 1.148,5 mil automóveis produzidos. Em 2020, entre janeiro e junho, foram 729 mil.
Porém, não podemos deixar de lado o cenário gerado pela pandemia e o isolamento social. Apesar da alta em relação ao ano passado, se comparado ao primeiro semestre de 2019, houve uma retração de 22% — mais de 300 mil unidades de diferença.
O licenciamento de 1.074 mil automóveis nos seis primeiros meses de 2021, também indicado pela associação, representa um aumento de 32,8% a mais que no mesmo período de 2020. Porém, o número representa 17,9% a menos que no primeiro semestre de 2019.
Cenário positivo para caminhões no mercado automotivo
As indústrias que trabalham com a produção de caminhões têm visto resultados positivos relacionados a esse tipo de veículo. Foram produzidas 74,7 mil unidades entre janeiro e junho deste ano.
Segundo o levantamento da associação, esse é o melhor número do período desde 2014, assim como das vendas: foram 58,7 mil unidades licenciadas.
Especialistas do setor acreditam que a alta se dá pelo bom desempenho do agronegócio e do e-commerce.
Aumento nos preços no mercado automotivo
A alta nos preços dos veículos 0 km foi outro ponto de atenção, já que ocorreu acima da inflação.
De acordo com pesquisa feita pela KBB Brasil, a média de alta dos preços dos 10 carros 0 km mais baratos do país foi de 11,07% no primeiro semestre.
O cenário de isolamento social e a crise gerada no setor impactaram também os carros seminovos, que tiveram alta de 9,75% nos preços, e os usados, com aumento de 13,04%.
Desafio para o mercado automotivo: a crise dos semicondutores
Outro obstáculo surgiu no caminho do mercado automotivo: a crise global dos chips semicondutores. A falta deste material fez com que diversas empresas tivessem que parar as produções.
Em julho, o presidente da Anfavea afirmou que a associação estima que a falta dos semicondutores impediu a produção de um número entre 100 mil e 120 mil veículos neste ano. Para ele, isso também não permite que o setor se recupere de forma plena.
No primeiro mês do segundo semestre, o mercado automotivo já sentiu mais uma vez as consequências da falta do produto: a produção total de veículos foi de 163,6 mil unidades, a pior para o mês de julho desde 2003.
Ainda sem previsão certa de restabelecimento, esse deve continuar sendo um desafio para os próximos meses. Alguns representantes de grandes indústrias do setor acreditam que a escassez dos semicondutores pode seguir presente por algum tempo em 2022.
Projeções positivas
Os principais órgãos que realizam projeções relacionadas ao mercado automotivo no país têm deixado claro que há dificuldade em estimar o que está por vir — levando em conta o cenário de isolamento social e as mudanças repentinas no mercado.
Apesar disso, acreditam que a indústria deve fechar o ano em alta. A revisão mais recente feita pela Anfavea projeta a produção total de 2.463 mil veículos em 2021, o que representaria 22% a mais do que no ano passado.
Vale ressaltar que, no início do ano, a projeção de alta na produção de automóveis e comerciais leves era estimada em 25% e caiu para 21%. Enquanto a de caminhões e ônibus subiu de 23% para 42%.
Falando em vendas, a associação aponta expectativa de 2.320 mil licenciamentos, aumento de 13% sobre o ano anterior.
A Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores — Fenabrave — estima que 2021 deve fechar com 3.455.080 veículos emplacados, 13,6% acima de 2020.
Porém, ressalta que esse número é 12,05% menor do que em 2019 — quando totalizava 3.928.668 veículos.
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