Mobilidade urbana sustentável: como carros elétricos podem fazer a diferença?

Pensar em formas de tornar a mobilidade urbana sustentável é um interesse mundial, dado que a qualidade de vida das metrópoles nos próximos anos pode ser transformada pelos impactos ambientais.
A grande aposta do mercado para minimizar tais impactos são os veículos elétricos e autônomos.
Atualmente, 1% de todos os carros vendidos no mundo inteiro já são elétricos. De acordo com levantamento da The International Energy Agency, uma agência especializada em energia, a frota de veículos elétricos atingirá os 20 milhões no ano que vem.
Já segundo Morgan Stanley, consultoria americana, os carros elétricos pessoais representarão 16% de toda a frota global até o fim de 2030. Números promissores!
O que a ascensão dos carros autônomos e elétricos significa para a mobilidade urbana sustentável?
Em pouco tempo, é possível que tenhamos um número considerável de carros elétricos e autônomos entre nós.
Os seus chamarizes para uma mobilidade urbana sustentável são: eficiência energética, redução das emissões na atmosfera, economia e maior acessibilidade.
Menos emissões de poluentes
Um levantamento do Lawrence Berkeley National Laboratory, da Universidade da Califórnia, aponta que a transição da frota de táxis comuns para táxis elétricos e autônomos poderia reduzir emissões em 94% até 2030.
Em geral, os proprietários de frotas são mais propensos a adotar os novos modelos do que as pessoas físicas, especialmente pela redução de custos a longo prazo.
Eficiência energética
Um estudo da Universidade de Michigan realizado em 2018 por Jim Gawron trouxe à luz outro fato interessante sobre os modelos autônomos.
Ele realizou um comparativo entre a economia gerada pela condução mais eficiente e o aumento de emissões causado pelos inúmeros equipamentos de computação inseridos nos veículos.
Lembrando que tais carros incluem sonares, radares, sistemas de navegação, computadores, câmeras e outras estruturas tecnológicas.
O resultado foi de que, mesmo com um pequeno aumento por parte desses equipamentos, a redução geral na emissão de gases ainda é expressiva, de 9% em comparação com os carros tradicionais.
O estudo ainda analisou os ciclos de vida de diferentes tipos de carros: os com motores à combustão e os elétricos.
Os elétricos apresentam 40% menos emissões de gases como efeito estufa do que os com motor à combustão.
Possível economia
Além de melhorar o fluxo e tráfego nas vias, minimizando o congestionamento graças à sua conectividade, os carros elétricos e autônomos podem trazer uma redução nos custos.
Hoje, os custos dos congestionamentos nos Estados Unidos estão avaliados em mais de 120 bilhões de dólares anuais. Se tal transtorno for otimizado, os resultados podem ser menos gastos e mais qualidade de vida.
Por outro lado, também existe a possibilidade do número de veículos em circulação acabar aumentando devido à maior acessibilidade do transporte autônomo – afinal, quanto mais fácil a locomoção com carros, mais as pessoas tendem a usá-los.
Acessibilidade
A acessibilidade é um ponto alto entre as principais vantagens. Idosos e portadores de deficiência teriam uma mobilidade mais fluida e sempre disponível, podendo se locomover mais facilmente.
A redução nos empregos
No entanto, também existem possíveis desvantagens. A queda nos empregos de motoristas de táxi, ônibus e caminhoneiros é uma delas.
O impacto se a maior parte dessas vagas simplesmente desaparecesse seria grande.
Quais serão os próximos passos?
Alguns países como França, Holanda, Costa Rica e Portugal já estão colocando em práticas medidas para descarbonização.
A Alemanha prevê a adoção única de veículos elétricos até 2030. O Reino Unido, por sua vez, quer remover os carros à gasolina e diesel das ruas até 2025.
E como é a situação no Brasil?
De acordo com relatório do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, as emissões de CO2 geradas pelos sistemas de transporte aumentaram 40% na última década.
Os números são alarmantes, o que só deixa mais claro a importância de elaborar estratégias para uma mobilidade urbana sustentável.
Além de uma expansão dos sistemas coletivos que não são motorizados (como metrô e trens), a atualização da frota de veículos é primordial.
Investir em pesquisa e tecnologia de ponta, como veículos elétricos e autônomos, pode fazer toda a diferença.
Seja qual for o desfecho, causará grande impacto na mobilidade urbana sustentável. A maneira como as pessoas se movimentam, a organização da infraestrutura e o nível de poluição do ar dependem disso.
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