Motor elétrico para carros: veja as diferenças no campo magnético
Os motores à combustão possuem diferentes tipos e potências. Essas diferenças também existem no motor elétrico para carros, mas eles apresentam composições bem distintas na rotação.
Por princípio, todos eles se baseiam no eletromagnetismo para rotacionar a roda do automóvel, mas a forma como essa força magnética é gerada vai depender da tecnologia empregada na construção do motor.
Vamos destacar neste artigo os quatro motores elétricos principais: corrente contínua, de indução (assíncrono), síncrono e de relutância. Continue lendo para entender mais sobre eles.
Tipos de motor elétrico para carros
Diferente de um veículo à combustão, os elétricos dispensam vários equipamentos como tanque de combustível, escapamento, radiador e outras peças de arrefecimento líquido.
Por esse motivo, ao se levantar o capô de um carro elétrico, vê-se um motor menos complexo. Afinal, eles são compostos basicamente por dois sistemas, o rotor e estator.
A interação entre eles forma um campo magnético, que é importante para fazer a roda girar. Contudo, as tecnologias utilizadas para criar este campo são diferentes, e é por isso que existem distintos tipos de motor.
Motor com corrente contínua (CC)
Este motor elétrico para carro é o mais simples dentre os quatro motores principais que existem. Ele geralmente é combinado com outros tipos, pois os carros elétricos podem sair de fábrica com dois motores.
Como o nome sugere, ele possui o estator — parte fixa — com dois polos, gerando carga magnética quando alimentados por uma corrente elétrica (daí vem o nome desse modelo).
Quando essa energia passa para o rotor — parte giratória — ele começa a girar porque está com os polos invertidos aos do campo magnético no estator. E é dessa forma que a roda do veículo elétrico gira.
Apesar de sua simplicidade na instalação e controle de velocidade, suas principais desvantagens são a dissipação de calor e o barulho.
Motor de indução (assíncrono)
Também chamado de motor com corrente alternada, este tipo de motor elétrico não possui ímãs fixos.
A carga elétrica — originada pelas baterias — gera magnetismo neste motor ao chegar às bobinas fixadas no estator.
Esse campo magnético fica pressionando o enrolamento do rotor, induzindo-o a criar o próprio campo magnético, que em resposta ao do estator, acaba girando para alinhar os polos.
Como o magnetismo é gerado alternadamente — no rotor e no estator — isso faz com que eles fiquem tentando se alinhar, porém, em velocidades diferentes.
Apesar da sua força de arranque ser fraca, o motor de indução dispensa mecanismos para dar partida, assim como também não precisa de escovas fixas nem ímãs.
Motor síncrono de ímã permanente (PMSM)
Já o motor síncrono recebe este nome porque seu rotor e o campo magnético rotativos possuem a mesma velocidade. Elas são sincronizadas, o que contribui com o aumento do torque em velocidades baixas, pois diferente do assíncrono, ele não vai precisar induzir o rotor.
E isso acontece porque dentro do rotor deste modelo há ímãs permanentes. Isso evita perdas e aquecimento. Outra vantagem é que ele é mais leve e silencioso, porém seu custo é mais elevado.
Motor de relutância (SRM)
Assim como o síncrono, o motor de relutância também tem o rotor girando na mesma velocidade que o campo magnético, a diferença está na troca dos ímãs permanentes por lâminas ferromagnéticas, que reagem às bobinas e enrolamentos trifásicos.
Sua fabricação gera alta potência com um custo baixo, mas também é barulhento como um motor CC e ainda apresenta dificuldades para ser controlado. É excelente para altas velocidades, mas não é tão eficiente para as baixas.
Para além dos motores
Não é só de motor que um carro vive. Existem outros componentes que o fazem se mover e acionar outros comandos, como o ar-condicionado, por exemplo, que tem ficado bem mais inteligente.
As diferenças entre os automóveis elétricos e os à combustão vão além do motor. E, pensando nisso, a Metagal produziu um e-book com tudo o que você precisa saber sobre estes veículos.
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