Novas tecnologias vão revolucionar o setor automotivo nos próximos anos

Não é novidade que o setor automotivo causa grande impacto na economia, mesmo assim a previsão da pesquisa realizada pela KPMG ao redor do globo é de que o segmento de chips automotivos alcance US$ 200 bilhões anuais.
Esse dado coloca o setor automotivo como o segundo maior gerador de receitas no ano que vem. E isso, é claro, tem relação direta com as inovações tecnológicas que estão gradativamente trazendo mais autonomia para os automóveis, como os sensores LiDAR e a rede 5G.
Saiba mais sobre elas nas linhas abaixo.
Setor automotivo: as novas tecnologias
As proeminentes tecnologias que se destacam são derivadas de diferentes iniciativas, e isso inclui as inovações no ramo da telefonia.
A estimativa é que até o final desta década, a tecnologia do sinal 5G esteja disponível para todas as cidades brasileiras, com a instalação atendendo ao critério populacional. Além dos smartphones, que são as máquinas mais visadas para receber a rede, o setor automotivo também vai se beneficiar dela.
A partir de sua entrada, outras inovações serão incorporadas, como o “self driving delivery”, que envolve direção remota, carros autônomos e integração com outras tecnologias já existentes como as IAs, o próprio smartphone e a nuvem.
Além disso, ainda há a aposta nos sistemas de radar com adição de pulsos de luz, mais conhecido como sistema LiDAR.
Sensor LiDAR
O sensor LiDAR é uma tecnologia recente que já vem sendo comercializada nos celulares para que o aparelho se reconheça geoespacialmente, contribuindo para o funcionamento de algumas aplicações.
Agora ele também está sendo incorporado aos automóveis, porém combinado com outras tecnologias, como o ADAS (Sistemas Avançados de Assistência aos Motoristas), para executar atividades humanas básicas inerentes à direção, como frear, acelerar, esterçar e ultrapassar.
Isso acontece porque o LiDAR funciona como um sonar, porém em vez de emitir sons, ele transmite pulsos de laser óptico (ou seja, luz) que é muito mais rápido que o som e tem uma precisão maior de detalhes. Ele consegue identificar um objeto a pelo menos 200 m de distância.
Assim como em um sonar, um transmissor emite um pulso laser que se incide contra os elementos do ambiente e então retorna para o receptor. O sistema de análise processa os pulso recebidos e transmite as informações para a tela do computador.
Mas o LiDAR sozinho não teria muitas funções. Porém, quando combinado a outras tecnologias, ele atinge um papel importante dentro do universo conectado ensejado pela chegada do 5G.
Chegada do 5G: o que muda no setor automotivo
O 5G traz uma grande expectativa para revolucionar o mundo mobile conectado e, por conseguinte, o setor automotivo, já que a rede possui uma velocidade muito superior ao 4G. A promessa é que ele funcione com 1 Gbps, podendo atingir até 20 Gbps, ao passo que a rede anterior consegue atingir até 100 Mbps.
Outro detalhe é que a latência (o tempo de resposta) do 5G é menor, o que traz muito mais estabilidade na conexão, impedindo que ela tenha interferência ou seja interrompida.
E esses fatores são fundamentais para o setor automotivo, pois a expectativa é que o sinal consiga sustentar um ecossistema estável de carros conectados.
O 5G vai ser o responsável por conectar um veículo a outro e eles com outros equipamentos de trânsito como semáforos e chancelas, criando assim uma “cidade inteligente” que funcione totalmente autônoma.
A priori, a ideia é que os carros possam se movimentar sozinhos. Com a conexão estável do 5G combinada com os demais sistemas inteligentes automotivos, os automóveis “saberão” quando acelerar, frear e estacionar, movendo-se pelas vias sem a interação do ser humano. Eles também poderão ser controlados remotamente por uma central.
Estas tecnologias aceleram a chegada dos pequenos veículos para o “self driving delivery”, drones que fornecerão inúmeros serviços sem a necessidade de um condutor. Esses serviços podem contemplar viagens por aplicativos, entregas de produtos, assistência médica e muito mais.
E como o 5G tem avançado a concepção das operações remotas, as montadoras já estão se inserindo nesta realidade. Elas são conhecidas como empresas Frog.
O que é Frog?
Como estamos cada vez mais perto da realidade com os carros autônomos conectados ao 5G, o setor automotivo está aderindo a estratégia Frog (Fully Remote Organization – Organização Totalmente Remota).
Como o nome sugere, o Frog então define as empresas que já nascem com operação totalmente remota. Elas possuem uma arquitetura digital colaborativa que combina profissionais de diferentes segmentos para operar uma linha de montagem de forma online.
Frog é sapo em inglês, e tal como o anfíbio — que tem a capacidade híbrida de se adaptar a duas realidades diferentes — esse termo também se aplica a essas empresas, que nascem de um cenário e migram para outro.
Portanto, espera-se que nos anos vindouros, as montadoras levem suas operações para o âmbito remoto.
Carros conectados
Apesar dessas tecnologias parecerem futuras, uma parte delas já é realidade. Os carros conectados, por exemplo, já compõem o setor automotivo atual, mas ainda não são amplamente comercializados devido à conectividade instável do 4G.
O 5G será o principal acelerador desse cenário, trazendo uma série de possibilidades ao motorista. Por exemplo, com o controle remoto sobre o carro, o condutor vai poder chamar seu veículo do estacionamento até onde ele estiver, descartando o trabalho de ter que ir buscá-lo.
A direção conectada ainda fornece dados mais precisos sobre o trânsito, evitando engarrafamentos.
Além das conveniências, os carros conectados têm um grande potencial para reduzir o número de acidentes de trânsito, pois, como abordamos acima, eles terão uma conexão estável entre eles que os permitirão simular manobras humanas, como a frenagem, inclusive as de emergência.
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