Pneu que não fura existe? A resposta é sim!

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O pneu que não fura já é realidade há alguns anos, mas nem todos estão empolgados com esta novidade. O próprio CEO da Michelin, pioneira nesta tecnologia, levanta controvérsias para a comercialização deste componente.

Aqui neste artigo, você vai entender como é feito o pneu que não fura e por que ele ainda não é amplamente comercializado. Continue lendo.

Como é o pneu que não fura

Para entender como funciona o pneu que não fura, primeiro precisamos analisar o que fura, o convencional. Ele é formado por uma estrutura de borracha com câmara para entrada de ar. 

Neste caso, o ar infla a câmara, garantindo sua robustez e força. O interessante nesse processo é que o ar é abundante na natureza, inesgotável, e, por isso, é gratuito.

Só que uma avaria na câmara de ar faz o gás vazar e deixa-a murcha, incapaz de deslizar a rolagem com eficiência.

Agora, o pneu que não fura descarta a câmara e o ar. Em vez disso, ele utiliza uma estrutura resistente — capaz de suportar o peso do automóvel — composta por “raios”, que é coberta por uma camada de borracha (como nos pneus convencionais).

Exemplo de pneu que não fura

Por não possuir câmara de ar, o pneu pode passar por cima de objetos perfuro-cortantes sem se preocupar com o vazamento do ar . Mesmo que ele seja furado, sua integridade é mantida porque sua estrutura não se baseia em inflar.

O maior benefício desses pneus é que o motorista não precisará realizar constantes manutenções nas câmaras de ar, eliminando também a calibragem e as trocas recorrentes.

Controvérsia do CEO da Michelin

Apesar de ser um sonho de todo motorista, este pneu ainda não é amplamente comercializado. O primeiro protótipo surgiu em 2019, quando a Michelin trouxe o Uptis, um automóvel com pneus que não furam, apresentando-o no Movin’On.

Desde então, ele vem sendo desenvolvido para entrar em circulação o mais rápido possível no mercado automobilístico.

Porém, o próprio CEO da Michelin, Florent Menegaux, não acredita que esta nova tecnologia seja uma opção viável, pois alega que “é muito mais caro construir esse tipo de pneu do que um normal”.

Além disso, segundo ele, os casos de pneus furados, embora seja uma dor de cabeça ao motorista, são situações que não ocorrem com tanta frequência. Todavia, só na região de Campinas, o aumento de casos de furos de pneu subiu  cerca de 16% no primeiro trimestre do ano passado.

Apesar da controvérsia, os pneus vêm sendo testados em outras montadoras e a previsão é que eles sejam produzidos em grande escala no final deste ano. Ainda assim, não é possível estimar o quão mais caro esse componente será.

Pneu que não fura é eco-friendly

Uma das características que mais impulsionam a chegada do pneu que não fura é sua contribuição para o meio ambiente

Primeiro porque este tipo de pneu é fabricado por impressão 3D de alto nível a partir de substâncias renováveis da natureza, incluindo materiais recicláveis.

Segundo, porque, como ele não fura, as câmaras de ar não vão precisar de trocas constantes. A produção de pneus convencionais exige a extração em massa da borracha para esta finalidade. Afinal, nem todo pneu que fura pode ser reaproveitado e então é descartado.

Para se ter uma ideia, o Brasil descarta cerca de 450 mil pneus por ano, principalmente em áreas periféricas ou da contingência amazônica. E como eles são feitos de borracha, derivados do petróleo e outros materiais, levam cerca de 600 anos para se decompor.

Outras inovações automobilísticas

Além do pneu que não fura, o setor automobilístico anda investindo em outras tecnologias para tornar os automóveis mais seguros e confortáveis para o motorista.

Na editoria “Tecnologia” do nosso blog, você encontra outros artigos como esse, que trazem inovações: ar-condicionado inteligente, sistema de retrovisão feito só por câmeras, baterias para carros elétricos, avanço do metaverso e até as contribuições das IAs.

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