As motos elétricas no Brasil

O mercado de motos elétricas é muito diversificado, já que tanto as pequenas scooters elétricas quanto as grandes motocicletas Harley podem ser consideradas motos elétricas.

Uma breve história das motos elétricas

Sua história começa no final de 1895, quando duas patentes de bicicletas elétricas foram registradas nos Estados Unidos. Mas foi só depois da Segunda Guerra Mundial que o veículo começou a ser produzido em maior escala, na Califórnia, e se popularizou nos Estados Unidos. Entretanto, essa “moto elétrica” ainda não circulava em estradas e não percorria grandes distâncias.

Foi apenas em 1974 que uma moto elétrica conseguiu autorização para percorrer as rodovias. A Quick Silver da Corbin Electric bateu o recorde de velocidade, chegando a 165 km/h e finalmente a moto chegou à estrada.

A primeira moto elétrica a ser fabricada em massa foi a Peugeot Scoot’Elec, em 1996. Dez anos depois, a Vectrix lançou a primeira moto elétrica de alta performance a preços acessíveis.

A maior parte das motos elétricas é movida a baterias de lítio. Mas há modelos alternativos que dispõem de outras fontes de energia limpa.

O mercado brasileiro e seus desafios

Todo esse cenário descrito até aqui aconteceu fora do Brasil. As motos elétricas vendidas no nosso país ainda não alcançaram números massivos. As próprias montadoras não demonstram interesse em trazer a fabricação e a venda das elétricas para o Brasil.

Como se o cenário já não fosse desmotivador o suficiente, os incentivos fiscais para veículos elétricos previstos no Rota 2030 não englobam as motos elétricas. Isso significa que, enquanto automóveis e comerciais leves elétricos terão muito mais espaço na indústria e comércio brasileiros, as motos elétricas ficarão para trás.

O que parece contraditório, já que atualmente o desenvolvimento de motos elétricas ao redor do mundo está muito mais avançado que o de carros elétricos. 

Mais econômicos e sustentáveis, os veículos individuais têm muito mais espaço que os carros em países asiáticos, por exemplo. 

Inovações brasileiras

Apesar do cenário desfavorável, a primeira moto 100% elétrica e 100% brasileira foi desenvolvida em agosto de 2019 por um grupo de engenheiros da Universidade de Brasília. 

Mas o modelo ainda não está disponível para venda. Já a Muuv, startup brasileira de distribuição de veículos elétricos, têm ganhado espaço nas grandes cidades do país.

O preço das scooters importadas da Muuv varia entre 7 e 16 mil reais. Apesar do conceito de moto elétrica, os produtos também são classificados como patinetes elétricas. De fato, a performance desses veículos fica aquém dos modelos Harley, por exemplo. Mas supera a maioria dos modelos de patinetes elétricas do mercado.

Tudo indica que o Brasil está atrasado quando o assunto é motos elétricas. Apesar do rápido avanço da tecnologia ao redor do mundo, o Brasil tem priorizado os carros elétricos e só o tempo dirá se foi a decisão certa.

 

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A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias automotivas.

  • Renato Medezani
    6 de abril de 2020 - 15:21

    Olá Gil; tudo bem?
    Em meio à essa pandemia que assola o Brasil e o mundo e que se Deus quiser irá acabar logo; que novas boas notícias povoem o nosso País.
    Gil, é uma lástima as políticas de incentivos à energias limpas e renováveis em nossa nação.
    Sei que estamos falando de automóveis, motos elétricas e outros meios de mobilidades urbanas; porém, quero citar um exemplo de descaso e sacanagem que fazem os nossos governantes.
    A aproximadamente seis meses, decidi instalar o GNV no meu veículo e me informaram que a redução no valor do IPVA seria significativa; mas, o que não me disseram é que haveria “pegadinha” nessa história!
    Fato é que quando chegou o IPVA desse ano; a cobrança dos valores, foram integrais.
    liguei na Secretaria da Fazenda do Estado e me disseram que não haveria desconto algum; pois, no documento do meu veículo estava constando que ele é etanol e gasolina e que para haver a redução, ele teria que ser apenas a etanol!
    Ora Gil, meu veículo; como a maioria, é Flex!
    Quantas pessoas hoje, compram veículos somente a Etanol no país???
    O que se percebe é que nós investimos valores absurdos na conversão para o GNV e também arcamos com custos elevados na mudança da documentação e continuamos a sermos “enganados” por esses governantes corruptos e mentirosos.
    Incentivos!!! Só se for para o bolso deles.
    Quero parabenizar à Metagal; que é uma empresa séria e também a você Gil, por esse canal excelente, que nos informa e respeita os seus clientes, consumidores e parceiros.
    Obrigado.

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