Montadoras, inteligência artificial e a relação com clientes
Alguma das grandes montadoras já te enviou um convite para o test-drive de um modelo novo que, de acordo com a mensagem, combina muito com você? Daqui em diante, esse atendimento personalizado, pessoal e direto será cada vez mais comum.
Presente em muitas empresas nichadas e menores, tal tipo de atenção não é fácil de oferecer aos clientes quando se produz e vende milhares de veículos todos os dias.
As tecnologias inovadoras, entretanto, surgem para preencher as lacunas do mercado. Com o auxílio do desenvolvimento de softwares que envolvam inteligência artificial, a ideia é que os clientes possam consultar, receber respostas e indicações 24 horas por dia, sem depender da presença humana.
Atualmente, a interação entre montadoras e consumidores finais é feita por meio de concessionárias, em alguns casos com a presença de call centers.
Os processos nem sempre são práticos, com o cliente tendo que dispor de grande parte de seu tempo para solucionar problemas ou ter resposta para suas dúvidas.
Então, o modo como as pessoas compram e como as concessionárias vendem deve ser transformado, com transições curtas e sem burocracias.
Investimentos em tecnologia
Segundo pesquisas da consultoria Frost & Sullivan, o mercado automobilístico deve investir 82 bilhões de dólares em novas tecnologias até 2020, com auxílio de 1,7 mil startups.
Já um estudo da empresa Elsevier, maior editora científica e médica do mundo, afirma que, nos últimos cinco anos, o número de pesquisas em inteligência artificial cresceu 12,9% anualmente.
A tendência, portanto, é que cada vez mais programas sejam desenvolvidos, quebrando a burocracia da rotina do cliente e otimizando a sua experiência. As montadoras e fornecedores também devem ser conectados, facilitando processos.
Coletando informações
O primeiro passo para as montadoras e fornecedores é reunir e interpretar um grande número de dados sobre seus clientes.
São diversas as informações que podem ser obtidas em formulários, landing pages, sites e redes sociais, além dos meios tradicionais.
Com todos os dados em mãos, é preciso confirmar que os consumidores têm o mesmo perfil traçado nos planejamentos. E, caso não tenham, entender quem são essas pessoas, quais as suas necessidades, gostos e preferências.
As ferramentas, então, devem rankear os clientes com critérios pré-estabelecidos pela empresa. Alguém que comprou mais do que um veículo nos últimos anos, por exemplo, deve ganhar mais pontos.
A partir desse ranking e análise de perfil, o software deve usar a inteligência artificial para contatar os consumidores com ofertas personalizadas de produtos ou serviços que conversem com seus gostos.
Para eles, a vantagem é ter um relacionamento individualizado, com ofertas que realmente interessem.
A nova comunicação
O caminho contrário, com o consumidor ativamente entrando em contato com a marca, também deve mudar.
Os chatbots são a grande aposta das montadoras e fornecedores. Os programas, capazes de reproduzir conversas como seres humanos, oferecem praticidade, redução de custos e mais eficiência, já que funcionam 24 horas por dia.
A longo prazo, é possível que os chatbots tenham em sua programação inúmeras variações de perguntas mais complexas, podendo fornecer respostas satisfatórias em geral.
Caso não sejam suficientes, o suporte humano deve prosseguir com a comunicação.
Além da resolução de problemas ou dúvidas, os programas também devem realizar vendas no futuro, contatando e respondendo o cliente em potencial.
Realizar uma compra pela internet, ir até o local determinado, entrar no carro e ir embora será uma realidade em alguns anos.
A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos de no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias.