Mercado e tecnologia: para onde está caminhando o setor automotivo?

Em meio às mudanças tecnológicas e comportamentais, qual rumo o setor automotivo está tomando? Confira uma análise em nosso blog.

Os avanços tecnológicos trouxeram e causaram diversas mudanças no comportamento dos consumidores, em especial na forma com que os mesmos interagem com os produtos e serviços utilizados. Essa realidade pode ser facilmente visualizada no setor automotivo, com os novos conceitos de transporte surgindo e a noção de mobilidade em constante transformação.

Em meio a este cenário, cabe ao segmento passar por um processo de renovação. Seus projetos devem continuar atendendo às demandas do público, que já não se preocupa apenas com sua locomoção, mas com questões sociais, ambientais e, principalmente, com a experiência oferecida pela marca.

Os novos consumidores

O uso de aplicativos como Uber e Cabify colocam os consumidores no centro da tomada de decisões. Com a abundância e a acessibilidade de dados oferecida hoje, é comum que eles queiram poder analisar as informações e os portfólios de veículos direto de suas casas. E esse é apenas um exemplo básico.

De acordo com o levantamento Google Auto CB, feito em 2016, 96% dos usuários brasileiros usam a internet para pesquisar marcas e modelos de carros, 86% deles por meio de smartphones.

A tendência é que esse número cresça e que não só as informações sejam obtidas de forma virtual, mas os veículos também. Todo o processo de compra, da pesquisa até a entrega, deve poder ser realizado digitalmente.

Essa transformação também é interessante para o mercado porque promove a diminuição de custos, torna os procedimentos mais ágeis e proporciona um relacionamento personalizado. Quanto mais eficientes os processos, melhores são os resultados para toda a cadeia.

Um levantamento da KPMG International chamado “Global Automotive Executive Survey 2018” aponta que 56% dos executivos do setor acreditam que, até 2025, o número de pontos de venda físicos será reduzido de 30% a 50%. Já 80% deles afirmam que as vendas de automóveis novos serão realizadas por meios virtuais.

Tais números refletem uma preocupação que já faz parte do planejamento das empresas no setor automotivo: a necessidade de criar tecnologias que se conectem e que promovam a facilitação da rotina de seu público, sejam elas complementares ou totalmente disruptivas.

As montadoras já não devem apenas fabricar veículos, mas oferecer soluções que se encaixem no compartilhamento, sustentabilidade e conectividade, tornando-se provedoras da mobilidade.

Quais são as grandes inovações do setor automotivo?

Para além das mudanças gradativas, o setor automotivo também promete desenvolver diversas inovações que sanem as carências dos clientes em processos, performances ou em sua própria rotina. Os veículos dos próximos anos devem ser mais econômicos, compactos, autônomos, conectados e menos poluentes.

Mesmo aquelas mudanças que parecem distantes já estão em andamento e mais próximas de se tornarem parte de nosso dia a dia do que imaginamos. Dos cinco estágios existentes para automação completa, por exemplo, já estamos na fase 3, na qual o piloto só assume o controle do carro em situações de risco, podendo focar em outras atividades durante o trajeto regular: vide Autopilot, da Tesla.

As vantagens das novas tecnologias para a sociedade em geral são a redução dos acidentes causados por erros humanos, no caso dos veículos autônomos, e a diminuição da emissão de poluentes para os veículos elétricos, dois pontos diretamente ligados ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Já para a indústria, só os investimentos em pesquisa e testes devem movimentar 2,8 bilhões de dólares até 2024, segundo pesquisa realizada pela empresa Frost & Sullivan neste ano.

A criação de redes de abastecimento, produção e reciclagem de baterias, entre outras funções, também deve fazer parte do novo escopo do setor automotivo, que já é chamado de “indústria da mobilidade’’.

Isso porque, no futuro, a atuação da indústria automobilística tende a estar focada também na prestação de serviços, além da fabricação de seus produtos. Lembra-se de quando falamos sobre o novo perfil do consumidor?

Com um público mais centrado na experiência, na economia e na responsabilidade ambiental, e que possui um senso de propriedade reduzido no que se refere a veículos, é natural que um bom prestador de serviços se sobressaia a uma empresa que simplesmente produz.

Estes serviços, além da própria rede, devem estar ligados à inovações tecnológicas, como atualizações por softwares que possam diagnosticar e corrigir problemas, dispositivos que integrem o veículo a outros objetos, etc. A ideia é que o carro se transforme em um celular com rodas, complementando o ambiente profissional e residencial do usuário.

O caminho à frente

É claro que uma mudança como essa leva tempo, reorganização e esforço, tanto em termos de gestão e produção quanto em termos de cultura empresarial. Em linhas gerais, os desafios ainda são muitos, mas a transformação em curso pode apresentar uma grande oportunidade de crescimento e destaque para as companhias do setor automotivo.

A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos de no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias.

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