Os carros possuem motores diferentes que podem ser classificados pela disposição dos cilindros ou pela potência. Cada tipo de motor tem sua particularidade, como é o caso do movido a combustão, a hidrogênio e à eletricidade.
A diferença nos motores pode ser visível ou simplesmente sentida, pois vai depender de qual tipo está inserido no carro e isso vai gerar um desempenho adequado à necessidade do condutor.
Aqui neste artigo, você vai compreender os variados tipos de motor do mercado.
Tipo de motor pelo formato
Este tipo de motor subentende uma mudança visual, mas embora isso seja a primeira coisa observável, existe um motivo para essa diferença, afinal nem todos os carros são do mesmo tamanho.
Cada motor se comporta para se adequar à disposição das peças dentro da carroceria. Dependendo do número de equipamentos, do tamanho do carro ou até mesmo da necessidade do motorista, o motor vai ser diferente.
Veja abaixo cada tipo de motor:
Motor em linha → Também chamado de vertical (porque os pistões ficam de pé), o nome sugere que seus cilindros são dispostos em uma linha reta. Isso acontece para produzir mais espaço, por isso é mais encontrado em carros menores.
Motor em V → O nome vem da visão que se tem dos cilindros, que formam uma angulação aguda na parte inferior, proporcionando a aparência da letra V. Apesar do formato, isso não limita a quantidade de cilindros do motor, que pode variar.
Motor em W → Parte do mesmo princípio que o tipo de motor acima. O motivo dele parecer um W é porque, na verdade, são duas vezes o motor em V, ou seja, o dobro. Devido a isso, seu desempenho é maior, podendo atingir a uma potência mais alta, por isso ele é encontrado em carros mais caros.
Motor boxer → Este tipo de motor é quase igual ao motor em linha, com a diferença de ser disposto na horizontal em vez de vertical. Ele é mais presente em modelos esportivos.
As potências do motor
O motor também se diferencia um do outro pela potência que eles atingem, o que pode ser sentido nas pistas ou na utilização de algumas conveniências dentro do carro.
Outro ponto a se observar entre os tipos de motor é o consumo de combustível, que tende a ser menor em automóveis de baixa potência. Vamos a eles.
Motor 1.0 → Seu nome é uma forma simplificada de representar suas 1000 cilindradas. Ele apresenta baixo desempenho, mas por esse motivo consome menos combustível, portanto é mais indicado para quem trafega majoritariamente pelas cidades e não vai precisar de alta performance.
Motor 1.4 → Esse tipo de motor já possui um pouco mais de potência, portanto seu desempenho não é comprometido quando recebe um upgrade como um ar condicionado, que costuma reduzir a performance dos carros com o motor anterior. Porém ele ainda apresenta uma boa economia de combustível.
Motor 1.6 → A maior potência das 1.600 cilindradas proporciona alta agilidade em arranques, garantindo uma velocidade superior sem exigir tanta troca de marchas, e ainda auxilia em uma melhor performance em subidas. Ele consome mais combustível que o anterior, porém acaba sendo um bom custo-benefício porque sua agilidade vence mais KM.
Motor 1.8 → O interessante de usar uma maior potência é a necessidade. Por isso, esse tipo de motor é geralmente alocado em carros mais robustos e pesados, que vão exigir mais energia para se locomover. Devido a isso, ele é ideal para carros de viagem, mas não é muito indicado para trafegar nas cidades, pois vai consumir muito combustível sem necessidade.
Motor 2.0 → Suas 2.000 cilindradas fazem deste motor o mais potente, o que se reflete na alta velocidade que o carro pode fazer. Entretanto, ele é o tipo de motor que mais consome combustível. Você vai encontrá-lo em automóveis esportivos ou de grande porte.
A diferença na potência dos motores se adequa à relação custo-benefício que os motoristas precisam avaliar. Pois se a sua necessidade é de um carro para trafegar na cidade, não faz sentido colocar um motor 2.0 na pista. Vai consumir muito combustível, e as vias não permitirão que ele chegue a altas velocidades.
O motor turbo
Este tipo de motor, na verdade, é um motor adaptado (de fábrica ou por peça acoplada) com o objetivo de aumentar sua potência reaproveitando os gases que seriam expelidos.
Por meio de um turbocompressor, ele consegue comprimir os gases e colocar mais ar dentro dos cilindros, aumentando a força da explosão e gerando mais potência.
Ou seja, ele pode transformar um motor 1.0 em um 1.6 para atingir um desempenho maior. No entanto, é importante observar o custo-benefício de acordo com sua necessidade, pois sua performance também está ligada ao consumo de combustível.
Tipo de motor a hidrogênio
As diferenças entre o tipo de motor à combustão e a hidrogênio não estão apenas nos benefícios ambientais. Sim, a reação do oxigênio com o gás hidrogênio resulta em vapor d‘água — que é emitido pelo escapamento e vai para atmosfera, portanto não causa danos — , mas este tipo de combustível também é mais potente.
Um automóvel com o tipo de motor a hidrogênio pode fazer entre 300 e 450 quilômetros com o tanque cheio. Além disso, ele leva apenas 10 minutos para reabastecer completamente, o que é muito menor que o veículo elétrico convencional, por exemplo, que leva de 3 a 14 horas.
E já que usamos um carro elétrico para comparação, existe uma diferença que traz mais autonomia para o movido a hidrogênio. Como uma das energias resultantes da sua reação com o oxigênio é elétrica, ela pode ser direcionada para as baterias do carro, recarregando-as sem a necessidade de uma fonte externa, da qual os elétricos dependem.
Entretanto, a energia elétrica obtida da utilização do hidrogênio também pode ser orientada diretamente para o motor.
Tipos de motor elétrico
Mesmo entre os carros elétricos convencionais que estão no mercado atualmente existe diferença nos motores. Considerando os principais, confira abaixo cada tipo de motor elétrico:
Motor com corrente contínua (CC) → Gera torque por meio de uma força magnética provocada por corrente elétrica.
Motor de indução (assíncrono) → Gera torque com duas forças magnéticas invertidas: uma criada pelo próprio rotor devido à indução e outra que provém do estator.
Motor síncrono de ímã permanente → A rotação acontece quando o estator recebe uma carga elétrica, gerando um campo magnético que vai interagir com o campo do ímã permanente dentro do rotor.
Motor de relutância → Funciona da mesma forma que o anterior, porém seu rotor não tem enrolamentos magnéticos, e sim um conjunto de lâminas ferromagnéticas que interagem com o magnetismo fornecido pela fonte elétrica externa.
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