Hidrogênio verde: o que é e por que ainda não é amplamente comercializado

Header do hidrogênio verde

Pensar em um futuro sustentável no mercado automotivo significa otimizar um dos recursos mais poluentes que existe nele: o combustível. E nesse caso, o hidrogênio verde pode ser uma das opções que pode estar disponível em um futuro não tão distante. 

Mas afinal, o que é o hidrogênio verde? Ele é um gás presente na natureza que pode ser usado como fonte energética para veículos, e têm despertado grande interesse no mercado exterior – principalmente na Europa – e no brasileiro.

Citação sobre hidrogênio verde

Porém, a implementação do hidrogênio verde como combustível alternativo ainda está caminhando a passos lentos. Mas por quê? 

Continue a leitura para entender melhor a situação atual deste combustível e conheça mais sobre ele! 

Prazer, sou o hidrogênio verde! 

Para começarmos a falar sobre a diminuição da poluição que o hidrogênio verde proporciona, primeiramente devemos explicá-lo, certo? Então vamos lá!

Iniciaremos falando sobre o hidrogênio. Ele é considerado o elemento químico mais abundante do mundo – ele pode ser encontrado em nosso planeta em estado líquido e gasoso.

Já quando falamos de hidrogênio verde, nos referimos à eletricidade gerada a partir da eletrólise da água – que vem de fontes de energia renováveis, como a eólica ou a hidrelétrica.

Detalhe 1 sobre hidrogênio verde

O hidrogênio verde é muito poderoso, possuindo três vezes mais energia do que a gasolina. Além disso, é uma fonte de energia limpa, que libera apenas água na forma de vapor e não produz o dióxido de carbono – poluente encontrado em alguns combustíveis.

No entanto, sua produção necessita do uso de muita energia, principalmente para retirar o hidrogênio que é encontrado na água – por meio da hidrólise.

Uma curiosidade sobre o hidrogênio verde é o seu transporte. Por ter um “selo verde”, ele deve ser transportado sem o uso de combustíveis fósseis ou de outros processos que prejudicam o meio ambiente.

Ou seja, todas as etapas precisam utilizar energias exclusivamente renováveis! E esse é um processo que já está sendo feito. Confira abaixo!

Transporte do hidrogênio verde: como é feito? 

O hidrogênio verde pode ser transportado sob altas pressões, desde que esteja dentro de cilindros. Em sua forma líquida, a única diferença é que ele precisa estar em baixas temperaturas.

Como o hidrogênio verde já é transportado atualmente, esses meios de locomoção já são conhecidos. Mas novas formas, códigos e padrões são criados e testados conforme as otimizações tecnológicas.

Um exemplo de transporte mais moderno é por meio de hidretos metálicos. Nesse caso, o hidrogênio verde é misturado a outros metais, podendo ser transportado em sua forma sólida e garantindo maior segurança – já que as chances de explosão são bem menores.

A sustentabilidade que o hidrogênio verde promove

Não há dúvidas de que o mundo vem sofrendo com os efeitos negativos que os combustíveis fósseis trazem para o meio ambiente. 

Com isso, o hidrogênio verde aparece como uma solução ecológica que possibilita diversos benefícios. 

Ele é um combustível que tem potencial para “descarbonizar” diversas atividades que, hoje em dia, são grandes responsáveis pela poluição ambiental – como a liberação de carbono na atmosfera.

Mas se o hidrogênio verde pode agregar tanto na sociedade e no mercado como um todo, porque ele ainda não é amplamente comercializado? Te explicaremos no tópico seguinte!

Por que sua comercialização ainda não é ampla?

Apesar de termos citado que essa “nova commodity energética” despertou o interesse no mercado automotivo, ainda há certas limitações que não permitem sua ampla comercialização. 

Uma delas é algo que já falamos: o seu transporte. Por ser um combustível ainda pouco explorado, seu transporte ainda está evoluindo para que os riscos sejam ainda menores – isso ocorre já que o hidrogênio verde é considerado perigoso por ser altamente inflamável. 

Outro desafio para sua comercialização é a sua produção. Mesmo sendo um recurso abundante, ele só existe na natureza combinado a outros elementos e sua separação ou é também poluente ou muito cara. 

Detalhe 2 sobre hidrogênio verde

Ou seja, para termos apenas o hidrogênio e podermos utilizá-lo como combustível, é preciso separá-lo das outras moléculas. Para isso, é necessário grandes quantidades energéticas e muito investimento financeiro. 

Mas é importante ressaltar que esse processo está evoluindo! Antes, os hidrocarbonetos eram usados para gerar essa energia – um processo menos custoso que a eletrólise, mas infinitamente mais poluente –, o que fazia a própria produção do hidrogênio não ser sustentável. 

Agora, ele já pode ser produzido por meio de energias renováveis, a partir da eletrólise. 

Contudo, segundo a Agência Internacional de Energia, apenas 0,1% do hidrogênio usado como combustível é produzido pela eletrólise; os outros 99% ainda são extraídos por fontes não-renováveis.

Isso acontece pois o processo de eletrólise é extremamente caro. Para realizá-lo, o apoio financeiro é imprescindível e essa questão econômica é um dos principais impeditivos para que a difusão mundial do hidrogênio verde seja tão baixa.

Entenda como é o processo de eletrólise

A eletrólise consiste em utilizar uma corrente elétrica para dividir a água em hidrogênio e oxigênio. Esse processo é feito por meio de um dispositivo chamado eletrolisador.

O resultado disso é o que chamamos de hidrogênio verde, que é 100% sustentável, mas muito mais caro de se produzir do que o hidrogênio tradicional.

Você sabe o potencial do Brasil neste segmento? 

Além do Brasil ser o país líder no setor de carros elétricos, ele também possui grande potencial para se tornar um dos grandes produtores de hidrogênio verde.

Mesmo ainda não existindo estimativas do quanto esse componente pode agregar à economia, uma coisa é certa: o país tem condições excelentes de produzir essa fonte energética.

Afinal, atualmente o gás já é amplamente utilizado para fins industriais – principalmente nas refinarias de petróleo e na produção de fertilizantes –, e a expansão dele poderá desenvolver ainda mais o mercado interno brasileiro.

Ainda existem gargalos tecnológicos e de investimento – por exemplo, o fato do Brasil não fabricar eletrolisadores e células à combustível –, mas as expectativas se mantêm positivas para os próximos anos.

O papel do hidrogênio verde na mobilidade

Um dos impactos positivos que o hidrogênio verde pode ter no Brasil é referente aos carros elétricos. 

Atualmente, ele já é comercializado para a produção de energia autônoma para as baterias dos modelos elétricos, porém ainda está disponível apenas para carros de luxo – que possuem preços exorbitantes.

Com a expansão dessa fonte energética, a geração de energia para os veículos eletrificados irá aumentar e será uma nova forma de carregamento.

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