Como a transformação digital impacta o setor automotivo

Hoje, qual é o papel da transformação digital na indústria automotiva? Entenda melhor este cenário em nosso blog. - Blog Metagal

Para você, o que é a transformação digital no setor automotivo? Para alguns, o futuro envolve veículos autônomos, o uso de combustíveis alternativos, ou o aumento do transporte compartilhado.

No entanto, se engana quem acredita que a mudança seja apenas na forma de produzir os carros ou nos recursos tecnológicos dos veículos do futuro. Aliás, é importante frisar que o setor o automotivo sempre teve caráter inovador e tecnológico.

Como grande contribuidor do desenvolvimento tecnológico da humanidade, a indústria automotiva deve manter seu caráter de inovação, já que a mudança em curso é ainda mais profunda. Afinal, trata-se da resinificação da forma como entendemos a mobilidade no planeta.

E essa nova evolução está sendo impulsionada por fatores como tendências demográficas, tecnológicas, ambientais e a experiência do usuário.

Mas o que é a transformação digital, afinal?

Transformação digital significa estar apto a repensar o modelo de negócio, processos de produção, cultura empresarial, gestão de pessoas, relacionamento com clientes. E, para todas as tomadas de decisões, se apoiar em dados e na perspectiva digital.  

Dentro do setor automotivo, a transformação digital vem se consolidando baseada na experiência do cliente e na revolução da cadeia produtiva. Ambas nos levam a mudar o foco do produto — o veículo — para a oferta de serviços e tecnologias de última geração.

O setor terá que desenvolver tecnologias de inteligência artificial, gerenciar os dados gerados na produção e até no uso dos veículos. Já que sabemos que os consumidores são os grandes propulsores de toda essa transformação, vale focar em customer experience com seus dados para encontrar as soluções para a transformação digital.

Customer experience como ponto de partida


Junto às inovações tecnológicas, vêm também as mudanças na forma de consumo do público. Com acesso à informação de qualquer local, as pessoas se comportam de maneira mais consciente e exigente.

Questões ambientais e a nova era do compartilhamento estão desenhando o futuro do setor automotivo e o transformando no novo setor da mobilidade – como Bosch e Ford já se autodenominam. Os veículos elétricos deixaram de ser novidade e se tornaram demanda em franca expansão.

Carros autônomos estão sendo projetados e testados por montadoras e gigantes da tecnologia, e em uma década serão realidade. Por outro lado, há quem diga que o Uber ou mesmo a bicicleta seja a melhor opção para a mobilidade – ao mesmo tempo, cresce a venda de SUVs.

A pergunta que fica é, como o setor automotivo vai equacionar tantas tendências diferentes?

Como a transformação digital impacta a indústria automotiva?

Um estudo da consultoria Frost&Sullivan, realizado em 2017, revela cinco diretrizes para a transformação digital do setor automotivo.

1. Cadeia de suprimentos conectada

As montadoras e seus fornecedores poderão contar com tecnologia para ajudar na comunicação e melhoria da eficiência operacional. A ideia é interligar as cadeias produtivas das OEM’s (fabricantes de equipamentos originais) e os seus fornecedores. Com isso, teremos estoques conectados, facilitando o gerenciamento e monitoramento das partes na linha de produção.

É claro que essa operação depende de transparência, comunicação, colaboração e flexibilidade de toda a cadeia automotiva de suprimentos. E, segundo um estudo da Accenture, a conexão nas cadeias de suprimentos, utilizando a tecnologia, pode aumentar o faturamento das OEM’s em 6,5% até 2020.

2. Indústria 4.0

Para melhorar os resultados da indústria automobilística é preciso realizar investimentos em novas tecnologias visando a produtividade. É aqui que entra a visão de indústria 4.0.

Para resumir, a Indústria 4.0 se sustenta no alinhamento entre inteligência e máquina. Portanto, inteligência artificial, big data, machine learning, realidade aumentada, IoT (internet das coisas) e a análise de dados possibilitam a personalização e a eficiência de produção na indústria 4.0.

3. Carros autônomos e elétricos

Engana-se quem pensa que as únicas vantagens dos carros autônomos e elétricos são a direção segura, a comodidade e a sustentabilidade. Na verdade, tudo isso é importante, mas a beleza desses veículos está na sua inteligência.

Graças a recursos que integram dados e machine learning, é possível entender melhor o consumidor. Assim, oferecer serviços e produtos com mais assertividade, identificar problemas reais dos veículos, fazer diagnóstico remoto, agendar serviços.

4. Varejo online

Não parece ser uma grande novidade, afinal existe uma tendência para a venda de carros e peças automotivas pela internet. Tesla usa com exclusividade o canal digital nos Estados Unidos e a Amazon na Europa.

No Brasil, temos a Lei Ferrari, que limita a comercialização direta entre montadora e consumidor. Em contraponto, novamente a experiência do consumidor e sua exigência vem provocando uma reavaliação e reposicionamento dos concessionários dentro desta cadeia.

De acordo com o estudo da Frost&Sullivan, embora essa mudança não aconteça de imediato, é preciso começar a pensá-la.

5. MaaS (mobilidade como serviço)

Uber, Cabify, 99pop, Yellow, Grin e Lime são alguns exemplos de empresas que provocaram uma disrupção na nossa visão de mobilidade. O conceito de MaaS (mobilidade como serviço) é de extrema importância para a transformação digital do setor automotivo. Este é o ponto que muda o modelo de negócio das montadoras e sua relação com o mercado. Na Europa, por exemplo, 11 dos seus 16 maiores mercados já tem 50% das vendas diretas para locadoras e prestadores de serviço compartilhado.

De volta para o presente

E se você ainda acha tudo isso muito distante, vamos dar uma olhada no agora.

No 67° Salão do Automóvel de Frankfurt, em 2017, a Audi apresentou o novo A8, classificado como nível três. São cinco níveis de automação definidos pela Society of Automotive Engineers, que vão desde dispositivos simples que auxiliam o motorista convencional (nível um) até o veículo completamente autônomo (nível cinco).

A Tesla, o player que mais se destaca em inovação, já está desenvolvendo o nível quatro, no qual o carro executa sozinho todas as funções. Deve chegar ao mercado na próxima década. 

Em resumo, o setor automotivo está ciente da necessidade da transformação digital. Segundo um estudo da Management Consulting Group, feito em 2016, apenas 8% dos players informaram que não pretendem readequar o seu negócio às novas tecnologias.

Sabemos que não é simples transformar um setor tão tradicional, mas é fundamental construir o DNA digital da sua empresa. Para isso, cerque-se de parceiros que possam ajudar sua montadora a reinventar-se para a transformação digital.

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A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos de no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias.

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