Você entra em seu carro, tranca as portas e inicia seu trajeto. O veículo logo informa qual a melhor rota para seu destino. Enquanto trafega, recebe alertas sobre buracos na via, transeuntes e carros que estão se aproximando. Com a tecnologia V2X, esse será um cenário comum.
O conceito Vehicle to X (ou “veículo para tudo”, em português) visa um trânsito conectado e assistido. Ele permite que os carros se comuniquem não só uns com os outros, mas também com os pedestres e a infraestrutura da cidade.
Cada modelo será construído para gerar e receber dados sobre a circulação geral, colaborando para uma rede de informações compartilhadas.
Em outras palavras, os condutores terão experiências mais seguras, já que estarão conectados a outros carros, edifícios, semáforos e câmeras de monitoramento.
Os muitos benefícios do V2X para a mobilidade
Além de alertar os motoristas sobre os perigos e movimentações do caminho, o que pode evitar acidentes e até mesmo mortes, a tecnologia V2X também deve tornar o trânsito mais organizado.
Isso porque órgãos governamentais e empresas envolvidas na mobilidade terão um controle maior sobre áreas de tráfego intenso, podendo estudar suas causas e prover soluções, tanto paliativas quanto definitivas.
Por último, há o reconhecimento especial para veículos de emergência, que devem receber rotas diferenciadas e privilégios de circulação. Ou seja, também é possível diminuir os tempos de espera pela polícia ou por ambulâncias.
V2X e seus desdobramentos práticos
Em termos práticos, a tecnologia V2X originou dois padrões conhecidos mundialmente: o DSRC, ou Dedicated Short Range Communications, e o C-V2X, Cellular Vehicle to X.
Ambas usam do mesmo conceito inicial, que é conectar os veículos para um trânsito mais seguro e confortável.
A DSRC, ou “comunicação de curto alcance”, é uma variante do WiFi projetada somente para veículos.
Por meio dela, a emissão e o recebimento de mensagens entre os carros e a infraestrutura são possíveis.
Já a tecnologia C-V2X ou “veículo-celular para tudo”, vista como uma progressão da DSRC, utiliza os seus mesmos protocolos e muitos dos softwares já produzidos, porém com um novo sistema de comunicação que oferece menos latência e maior alcance.
Tal comunicação é unificada e possui dois modos. O primeiro consiste na troca direta de dados entre carros e outros condutores. Nele, o C-V2X funciona mesmo em locais sem acesso a rede de internet.
Já o segundo modo é realizado por meio do 5G e permite que o motorista receba as informações referentes ao tráfego e condições da via.
O fato do 5G também ser aplicável aos celulares é um facilitador para que os veículos se integrem ainda mais rapidamente, conectando-se também aos smartphones.
Quem irá produzir os modelos V2X?
Estima-se que o DSRC entre em desuso nos próximos anos. A produção dos chips C-V2X já é feita por empresas de tecnologia e, depois, fornecida às montadoras.
A Qualcomm, por exemplo, já produz chips que alertam o condutor sobre velocidade, risco de colisão, trechos irregulares e presença de pedestres.
Outro player que também investe pesado no desenvolvimento da tecnologia e deve apresentar novos chips é a chinesa Huawei.
Será cada vez mais normal o trabalho conjunto entre empresas do nicho e montadoras. Algumas das gigantes do setor automotivo que já implementam (mesmo que timidamente) esse conceito são: Ford, Honda, BMW e Audi.
Quando essa tecnologia deve se popularizar?
A americana Ford já anunciou que, a partir de 2022, toda a sua frota irá utilizar o chip C-V2X da Qualcomm. Como foi mencionado, outras empresas concorrentes devem lançar mais opções.
Estima-se que outras montadoras devem seguir pelo mesmo caminho, incluindo a tecnologia em seus modelos nos próximos anos.
*
A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias.