Inovação no setor automotivo: como as empresas tradicionais podem competir com startups?

Inovação

O fenômeno das Startups alcançou muitos segmentos do mercado brasileiro e o setor automotivo foi um deles. Propondo serviços inovadores ao consumidor final e transformando o jeito de fabricar e distribuir peças, essas empresas têm apresentado à indústria automotiva tradicional tanto uma oportunidade, a de crescer em competitividade, quanto um desafio, o de renovar-se.

O fato é que, com mais de um século de atuação, a indústria automotiva enfrenta a necessidade de se reinventar. Apesar de toda essa  experiência agregar autoridade ao setor, também pode distanciar as empresas tradicionais do consumidor atual.

Então, conhecer os novos modos de consumo, de compra e venda é fundamental para empresas do setor. Você pode conferir três dicas de inovação neste link, elas vão transformar sua perspectiva.

Incentivo à inovação

Diante desse cenário, em 2018, após uma das piores crises no setor de autopeças, o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) lançou um programa de incentivo à inovação. 

O Inova Sindipeças tem os seguintes objetivos: 

  • Despertar a cultura de inovação para geração de novos modelos de negócio, novos produtos e serviços nas empresas associadas
  • Auxiliar no aumento de competitividade das empresas
  • Buscar a inserção do setor nas cadeias globais de valor

Para cumprir essas metas, o programa é estruturado em cinco pilares que são também iniciativas:

  1. Parcerias com Startups;
  2. Parcerias com a Academia;
  3. Cultura e Gestão da Inovação;
  4. Indústria 4.0;
  5. Inovação de Produtos.

 

Assim, pensando nos desafios que o programa lança, Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, explica que “Não dá para se abster. É necessário envolver ao máximo os empresários e gestores [de empresas da indústria automotiva] e apresentar os riscos de não estar atento às inovações”.

Além disso, Dan ressalta: “Queremos criar um ecossistema para a indústria, apoiando empresas tradicionais para que elas se aproximem das megatendências globais”.

Já Mauricio Muramoto, diretor de inovação do Sindipeças lembra que  “é preciso inovar e renovar para sobreviver à nova fase do setor automotivo, como a indústria 4.0 e a chegada da Rota 2030”.

Apesar da urgência que acompanha essa necessidade de inovação, Muramoto acredita que “essa transformação pode ser mais simples do que parece, com o uso de novas tecnologias aplicadas a processos e mudanças incrementais em máquinas e equipamentos existentes nas linhas de produção”.

O segredo é começar de dentro para fora. Para oferecer aquilo que o novo consumidor precisa e deseja é antes necessário conhecê-lo e pensar como ele. Em um infográfico gratuito da Metagal, você confere as tendências desse novo público e descobre o que é esperado do setor automotivo.

Se não pode vencê-los, junte-se a eles!

Além da transformação interna, parcerias são ótimas iniciativas. Uma empresa tradicional e experiente tem muito a ensinar sobre o mercado automotivo e as novas empresas de tecnologia podem fazer toda a diferença no processo de transformação digital. 

Um bom exemplo de parceria é a proposta do Canal da Peça, um e-commerce de peças automotivas. Dois jovens empreendedores abriram em 2012 uma plataforma digital de compra e venda de peças que reúne mais de 500 varejistas de todas as regiões do Brasil. O site oferece um estoque de mais de 700 mil peças para veículos (carros, motos, caminhões e motos) hoje avaliado em torno de R$ 3 bilhões em valor.

Os criadores da empresa viram a oportunidade em uma pesquisa de 2010 do Centro de Inteligência Automotiva (CINAU). Na época, na Região Metropolitana de São Paulo, 44% das oficinas afirmavam não encontrar peças com facilidade. Assim, 35% dos veículos chegavam a ficar parados entre 6 e 10 dias nessas oficinas. 

A parceria desse negócio está na filosofia dos fundadores do Canal da Peça. Eles explicam que o objetivo do Canal da Peça não é competir com as indústrias que há décadas ditaram o ritmo dos negócios, mas agregar valor à cadeia, inclusive aos fabricantes.

 

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A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias automotivas.

 

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