Superar os estragos causados pelo período de recessão não é tarefa fácil para a indústria automotiva, especialmente quando se tem a política econômica de governos anteriores como grande responsável por agravar ainda mais a falta de estrutura, burocracia do sistema tributário e insegurança jurídica presente no país.
Para entender o cenário completo, é interessante nos situarmos quanto a indústria nacional como um todo. Em 2017, o setor industrial brasileiro representou apenas 1,98% dos manufaturados produzidos no mundo, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria.
Essa perda de espaço acontece desde 1995, quando ainda detínhamos 3,98% do total mundial, mas acentuou-se consideravelmente, já que, em 30 anos, é a primeira vez que o índice fica abaixo de 2%.
No entanto, apesar do panorama geral, alguns números da indústria automotiva em específico são considerados animadores e, aliados à mudanças estruturais e financeiras necessárias, podem significar novas oportunidades para o setor!
Indústria automotiva
O segmento automobilístico passou por transformações intensas desde então e, embora ainda menor do que foi até 2014, tem se desdobrado para vencer dificuldades como altos impostos, falta de investimento em tecnologia e, consequentemente, falta de competitividade.
O setor fechou o ano de 2018 com crescimento de 15 a 16%, e a expectativa de montadoras como a Ford é que ocorra uma nova expansão, de 10 a 12%, em 2019.
Para que estes números possam refletir um progresso real, é preciso melhorar a qualidade dos produtos e serviços e buscar programas que incentivem esse avanço.
Quanto a termos internos, é necessária a retomada da modernização de processos produtivos e investimentos em tendências estratégicas, alinhadas com o que acontece no exterior – além, claro, de pesquisas focadas em novas tecnologias.
O mercado também precisa de mais fornecedores nacionais que desenvolvam tecnologia de ponta, o que não ocorre em todas as áreas ou com todas as peças.
Já em termos externos, o governo deve elaborar programas de incentivo. Nos dias atuais, existem especificações inerentes somente ao Brasil – ou seja, custos e prazos que simplesmente não existem em outros países, seja em impostos ou nos procedimentos lentos.
Rota 2030: uma nova esperança para a indústria automotiva
O programa governamental Rota 2030 deixa a indústria automotiva bem otimista quanto ao futuro. Ele define as regras para a produção de veículos no Brasil nos próximos 15 anos (divididos em três períodos de cinco anos cada).
Nele, está estabelecido o quanto os fabricantes precisarão investir. A partir deste ano, as empresas devem usar 0,8% de seu faturamento (esse percentual aumentará gradativamente, até alcançar 1,22% em 2022) para investimentos em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Como recompensa, poderão abater de 10,2% a 12% do valor em imposto de renda.
Isso determina o quanto os modelos serão inovadores, seguros e custosos no futuro. O regime estruturante traz uma previsibilidade de mercado que nunca foi vista em solo brasileiro, o que auxilia o desenvolvimento de projetos econômicos!
Os compromissos do programa também incluem maior eficiência energética (uma meta de 11% nos primeiros cinco anos) e avanços expressivos na segurança veicular. Ainda, ele deve estimular a criação de soluções de mobilidade, propulsão, direção autônoma, Big Data e maior capacitação profissional.
Essas são perspectivas que podem efetivamente trazer um crescimento expressivo a este mercado.
Representatividade do setor
O segmento tem grande representatividade no cenário nacional, e seu desempenho afeta o resto do mercado diretamente. Um bom exemplo disso são as estatísticas do IBGE para o ano de 2017, que apontam a guinada na produção de carros como responsável por 49% da expansão industrial.
Até outubro de 2018, as montadoras tiveram um aumento de 15,8% na produção, o que representou 70% da alta de 1,8% da indústria como um todo.
Estes números significam que, além de ter uma perspectiva de crescimento, caso ela se concretize, a indústria automotiva pode também alavancar o resto do setor. Agora, resta saber como o programa funcionará na prática, e que inovações e tecnologias ele pode incentivar.
A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos de no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias.